Padre condenado à morte emociona o Papa

sexta-feira, setembro 26, 2014

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Entre lágrimas, o Papa Francisco estreitou em um forte abraço o sacerdote Ernest Simoni, de 84 anos, um dos últimos sobreviventes da terrível perseguição comunista na Albânia, que foi encarcerado em condições desumanas e se livrou da pena de morte que iria sofrer por causa de sua fidelidade à Igreja e ao Sucessor de Pedro.

Durante sua visita a Tirana, o Papa Francisco teve um encontro na Catedral de São Paulo com os sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas e movimentos leigos da Albânia, onde escutou com atenção o testemunho do Padre Simoni.

O presbítero relatou que em dezembro de 1944 começou na Albânia um regime comunista ateu que buscou eliminar a fé e o clero com “prisões, torturas e assassinatos de sacerdotes e leigos durante sete anos seguidos, derramando o sangue dos fiéis alguns dos quais antes de ser fuzilados gritavam: ‘Viva Cristo Rei!’”.

Em 1952, as autoridades comunistas reuniram os sacerdotes que sobreviveram ao regime e ofereceram a liberdade em troca de distanciar-se do Papa e o Vaticano, proposta que estes jamais aceitaram. Assim, o Pe. Simoni relatou que antes de ser ordenado sacerdote estudou com os franciscanos por 10 anos desde 1938 até 1948. Quando os seus superiores foram fuzilados pelos comunistas seguiu seus estudos clandestinamente.

“Dois anos terríveis se passaram e no dia 7 de abril de 1956 fui ordenado sacerdote, um dia depois da Páscoa e na Festa da Divina Misericórdia celebrei a minha Primeira Missa”.

Em 24 de dezembro de 1963 ao concluir a Missa de Vésperas de Natal, quatro oficiais apresentaram o decreto de prisão e fuzilamento, e o padre foi algemado e detido. No interrogatório lhe disseram que seria enforcado como um inimigo, porque havia dito ao povo “que morreremos todos por Cristo se for necessário”.

As torturas o deixaram em muito mal estado. “O Senhor quis que continuasse vivendo”, disse o sacerdote. Uma das acusações que imputaram figurava-se o fato de ter celebrado uma Missa pela alma do Presidente John F. Kennedy, assassinado um mês antes de sua prisão, e por ter celebrado Missa, por indicação do Papa Paulo VI, por todos os sacerdotes do mundo.

“A Divina Providência quis que a minha condenação à morte não fosse realizada imediatamente. Na sala trouxeram um outro prisioneiro, um querido amigo meu, com o propósito de me espiar, o qual começou a falar mal do partido, para ver a minha reação”, recordou. “Eu de todos os modos respondia que Cristo tinha nos ensinado a amar os inimigos e a perdoá-los e que nós devíamos nos empenhar pelo bem do povo. Essas minhas palavras chegaram aos ouvidos do ditador que após alguns dias livrou-me da pena de morte”, explicou o P. Simone.

Os comunistas trocaram a sua sentença de morte por uma pena de 28 anos de trabalhos forçados. “Trabalhei nos canais de esgotos e durante o período da prisão celebrei a Missa, confessei e distribui a comunhão às escondidas”, relatou.

O sacerdote foi liberado quando caiu o regime comunista e começou a liberdade religiosa. “O Senhor me ajudou a servir tantos povos e a reconciliar a muitas pessoas afastando o ódio e o maligno dos corações dos homens”, assegurou.

“Santidade, seguro de poder expressar a intenção dos presentes, eu peço que pela intercessão da Santíssima Mãe de Cristo, o Senhor Deus lhe dê vida, saúde e força para guiar o grande rebanho que é a Igreja de Cristo, Amém”, concluiu o sacerdote antes de dar ao Papa um abraço que comoveu o Pontífice às lágrimas.

(fonte: http://www.acidigital.com – TIRANA, 21 Set. 14 / 06:55 pm (ACI/EWTN Noticias).- O texto sofreu pequenas modificações para uma melhor compreensão)

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comentário(s)

  1. JOÃO OLIMIPO PEREIRA disse:

    gostaria que todos cristão tivesse atenção em ler este depoimento deste grande pastor que é este santo padre pois se existe JESUS vivo aqui na terra com certeza é esta querida figura querida,

    se eu pudesse queria tanto dar um abraço em nome de todos que perderam a própria vida por causa da santa Igreja, muito obrigado por me enviar tantas coisas boa um abraço.

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