Tomando o cálice deu graças – Evangelho Comentado

sábado, março 23, 2013

 

Domingo de Ramos – Evangelho: (Lc 22, 14-23.56) – Ao chegar a hora, Jesus se pôs à mesa com os apóstolos e lhes falou: “Desejei ardentemente comer esta Ceia da Páscoa convosco antes de sofrer. Pois eu vos digo: Nunca mais a comerei, até que ela se realize no reino de Deus”. Tomando um cálice, deu graças e disse: “Tomai este cálice e distribuí entre vós. Pois eu vos digo: Não mais beberei deste vinho até que chegue o reino de Deus”…

…E tomando um pão, deu graças, partiu-o e deu-lhes dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim”. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança em meu sangue, derramado por vós. Eis, porém, que a mão de quem me vai entregar está comigo à mesa. Pois, segundo está determinado, o Filho do homem vai morrer, mas ai daquele homem por quem ele é entregue!” Eles começaram a perguntar uns aos outros quem dentre eles haveria de fazer uma coisa destas. Uma criada, vendo Pedro sentado junto ao fogo, fitou os olhos nele e disse: “Este homem também estava com ele”.



COMENTÁRIO


O Domingo de Ramos é o dia que nos introduz na Semana da Paixão do Senhor. Semana em que celebramos os principais acontecimentos de nossa redenção. A liturgia desta semana nos apresenta a narração completa da paixão e morte de Jesus. Narra os últimos dias de Jesus e toda trajetória de seu calvário.

Na liturgia do Domingo de Ramos temos dois Evangelhos. Um proclamado antes da bênção e procissão dos ramos (Lc 19, 28-40) e este que estamos analisando, proclamado na Santa Missa. Neste evangelho, Lucas narra também a instituição da Eucaristia.

Segundo o evangelista, o momento é solene. Jesus sabe que este é o último encontro que terá com seus discípulos. Jesus se mostra comovido pela despedida e profundamente magoado por ter que passar também pelo dissabor de admitir que um de seus amigos irá traí-lo.

Depois de falar claramente que um daqueles que ali estava servindo-se na mesma mesa, iria traí-lo, todos os discípulos se interrogavam quem seria o traidor. Cada um conhecia a si próprio, mas o que pensar dos companheiros?

Como se diz popularmente, quem poderia colocar sua mão no fogo pelo companheiro e garantir que nenhum deles seria capaz de entregar o mestre? Realmente era difícil de acreditar que alguém seria capaz de tamanha maldade para com aquele que pregava o amor e a partilha.

Conhecendo a Jesus como todos conheciam, depois de conviverem com o Mestre por, aproximadamente, três anos, partilhando com Ele dos momentos de oração, pregação, milagres e dos seus ensinamentos de solidariedade, partilha e paz, não dá para acreditar que alguém pudesse traí-lo.
Infelizmente o inacreditável aconteceu; Jesus foi traído por alguém que o seguia e que afirmava ser seu amigo. No entanto, dois mil anos se passaram e, ainda hoje milhares de “amigos” de Jesus o traem e o renegam.

Pedro então, que dias antes dera seu testemunho de fé proclamado, com todas suas forças, e com extrema convicção, que aquele era o Messias, o Filho do Deus vivo. Esse mesmo Pedro se prontifica também a acompanhar Jesus na prisão e até mesmo na morte, se for necessário.

A resposta de Jesus à proposta de Pedro é direta e sem rodeios: “Pois eu lhe digo, Pedro, que hoje o galo não cantará antes que você, por três vezes, tenha negado que me conhece”.

As trinta moedas da atualidade têm diversas denominações. Alguns, que também se apresentam como amigos de Jesus abominam a cruz, pregam prosperidade, vida farta e garantem salvação, sem calvário. Simplesmente retiraram de suas bíblias estas palavras: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”.

Iniciamos dizendo que o Domingo de Ramos é o dia que nos introduz na Semana da Paixão do Senhor. Vamos então viver intensamente esta semana que deve levar-nos a meditar que nosso Deus não é um mercenário comerciante. Nossa salvação custou até a última gota de sangue de um Deus misericordioso, que não cobrou nenhum centavo para nos devolver a verdadeira vida.

(fonte do texto: www.miliciadaimaculada.org.br – autor: Jorge Lorente / fonte do vídeo: TV FRANCISCANOS)

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