“Dái a Deus o que é de Deus”! – Evangelho Comentado

sábado, outubro 18, 2008

CONTINUAÇÃO

“E lhe enviaram os seus discípulos, juntamente com os herodianos” (v. 16). Os partidários de Herodes eram os simpatizantes da dinastia de Herodes, fiéis aos romanos invasores e prontos para contarem a ele uma resposta de Jesus que levasse os judeus a não pagarem o imposto. Por outro lado, os religiosíssimos fariseus estavam prontos para acusá-lo de heresia e idolatria, se respondesse que o imposto ao imperador (que se considerava um deus) era lícito. Por isso, Jesus chama seus interlocutores de “hipócritas” (v. 18).

“É lícito pagar imposto a César ou não?” (v. 17). Essa pergunta era um teste para a identidade e a missão do “mestre” Jesus como Messias de Israel. Os judeus, após a morte de Herodes Magno, haviam sido incorporados ao império romano através de dois atos considerados inaceitáveis: o recenseamento e o imposto. Essa submissão ao império romano (e, além do mais, pagão) era considerada como condição ignominiosa para Israel: o Messias resgataria o seu povo antes de tudo com a libertação dessa submissão, que deveria ser buscada inclusive com a luta armada e a revolução. A seita dos zelotes fizera sua essa concepção do Messias político. Jesus nunca partilhou esse ideal e isso aparece pelo modo como formula a resposta à pergunta-arapuca.

“Devolvei, pois, o que é de César a César, e o que é de Deus, a Deus” (v. 21).

A compreensão dessa parábola adquire um sentido mais completo se a conjunção “e” for entendida no sentido adversário (“mas”) e se se perceber o acento que Jesus coloca na segunda parte da resposta.

Do livro Homilias (Temas de pregação dos padres dominicanos) e Do livro Falar com Deus (Francisco Fernández-Carvajal)

(Fonte: www.miliciadaimaculada.org.br)
 

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comentário(s)

  1. Pâmela Roberta Vaz da Silva Lima disse:

    Adorei e vou sempre visitar este site abençoado.

  2. Custódia Santos disse:

    O texto é por mim conhecido, tanto pela refleção numa equipa de liturgia onde estou inserida, como na vivência da Eucaristia do dia. Há contudo uma frase no artigo que gostei muito. “Deus tem a sua imagem e inscrição no homem: o homem deve ser dado a Deus”. Quem dera que para sua felicidade, todo o ser humano se compenetrasse desta verdade! Somos pertença de Deus e só isso nos torna livres.

  3. Custódia Santos disse:

    Ainda no comentário que faço atrás e comentando Santo Agostinho: “Fizeste-nos para ti Senhor e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em tI” Só em Deus para mim, está a resposta á razão da minha existência e á pergunta feita pelo homem. Quem sou? De onde venho? Para onde vou? Venho de Ti, caminho para Ti e em Ti terei a felicidade plena no final desta caminhada, Senhor! Graças porque nos amas em todas as circunstãncias da nossa vida e nos acolhes com e por amor.

  4. Antônio disse:

    Ah, se nos fora dada boa parte da nossa disponibilidade a Deus. O mundo prega o “césar”, que afinal é armadilha dos maus; é a auto-estima, é o bem-estar…o antropocentrismo hodierno – já antes experimentado – coloca Deus de lado, e cuida com maior atenção da “felicidade” humana, material. Quem se mostrar contrário, terá contra si “forças ocultas” a persegui-lo como pessoa vil e ignorante. Salve-nos Deus de tamanha onda materialista!

  5. Vamos fazer tudo pra agradar a Deus: Louvor,agradecimento,orações,sacrifícios,Ele sempre foi o nosso Rei.Amém.Shalom.

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